Instruções aos jogadores - Guia Básico

Muitos jogadores de FM, principalmente os que estão iniciando, muitas vezes não exploram todas as possibilidades táticas. Escolhem uma tática pré-definida, fazem um ou dois ajustes e partem para o jogo. Imaginam que uma tática pré-definida pelo jogo já será boa o suficiente e basta ir ao mercado para contratar jogadores. 

Fonte da imagem: UOL
 

Mas você, com a ambição de ser o novo grande treinador do futebol mundial vai querer construir sua própria identidade de jogo. As instruções descritas aqui, podem ser utilizadas em diversas formas de jogo, aprendendo o princípio de como elas funcionam, você poderá aplicar para os seus jogadores.

 

 

Assim, definida uma tática é hora de orientar cada jogador individualmente. Você fará isso clicando em cima de um jogador quando estiver visualizando sua tática. Se abrirá ao lado direito dele a opção de editar (como destacado na imagem), será onde você dará instruções ao jogador. Essa função é muito importante porque ela vai além das configurações táticas de sua formação. Você pode, por exemplo, instruir que um jogador ofensivo realize trabalho tático apertando a marcação, o que complementa as definições que você teve lá na instrução de marcação da equipe como um todo.  Aqui faremos um guia rápido das posições mais utilizadas no jogo. 


Na função de goleiro ou goleiro líbero, você não muito o que mexer, no máximo uma instrução ligada ao passe ou o posicionamento mais avançado ou recuado do goleiro líbero, que nas funções apoiar e atacar se posiciona de forma mais adiantada e participa do jogo com maior frequência. O goleiro comum só existe na função defender. 
 
 

Nas laterais, costumo usar a configuração acima, instruindo à marcação apertada (aliás, todos os jogadores do meu time jogam com essa instrução, salvo quando tenho um jogador muito veterano no ataque), intensidade da pressão normal (assim o jogador irá se adequar à forma como a equipe jogará), instruindo a subir ao ataque indo para as zonas abertas do campo (mas você pode também pedir que ele corte para dentro, mais recomendado para formações onde usa o lateral invertido ou seu lateral seja ambidestro). 
 
Como utilizo meus laterais também na construção ofensiva instruo a correrem mais riscos, assim eles tentaram movimentos e passes decisivos, também contribuindo com a construção de jogo. Você também pode instruir o jogador a fazer cruzamentos antecipados (ele cruzará assim que tiver oportunidade, mesmo estando longe da área) ou ir à linha de fundo, particularmente não gosto de mexer nessas atribuições porque elas limitam muito a criatividade de um jogador, assim como incentivá-lo a cruzar mais ou menos vezes e para onde ele deva apontar os cruzamentos, prefiro deixar que o jogador decida sozinho de acordo com a situação de jogo, mas se você deseja controlar esses aspectos, você tem essas funções à sua disposição. 
 
Costumo manter essas mesmas orientações para as funções defesa lateral, ala e ala completo, mas obviamente irá depender de sua estratégia de jogo, se você deseja um time mais defensivo, talvez não seja bom pedir que o lateral chegue mais a frente e corra mais risco, você pode pedir que ele guarde posição, corra menos riscos e cruze antecipado, de forma que ele não avance muito no terreno de jogo, vai depender de sua forma de jogo. Posso falar com anos de experiência que as minhas instruções para os laterais funcionam e não comprometem o sistema defensivo, é só você ter laterais com bom atributos de defesa. 

 
Da mesma forma, na zaga uso a mesma instrução para os jogadores independente da função escolhida. Como já disse em em outro texto, gosto de jogar com defesa em linha e a dupla de defensores centrais com função defender. Gosto de zagueiro que não inventa, então sempre instruo a marcação aperta, aguentar posição e correr menos riscos. Detalhe, tenho histórico de zagueiros artilheiros, mas eles não vão bancar o David Luiz no meu time para fazer gols, vão fazer seus gols nos escanteios e faltas na área, posteriormente farei um texto sobre bolas paradas. 


Na "volância" apesar de me preocupar com defesa, também gosto que os jogadores "deem o ar da graça" vez ou outra no ataque. Minhas funções preferidas são médio defensivo e médio recuperador de bolas, a orientação de ambos é a mesma, marcação apertada e chegar um pouco a frente. Jogando dessa forma, o colombiano Wilmar Barrios já fez gol semifinal de Champions. Se você quer aquele jogador que se limite à proteger a zaga a dica é colocá-lo como recuperador de bolas na função defender e aguentar posição, ou na função trinco com orientação de marcação apertada (trinco só possui função defender). 
 
Ainda que se você jogue "à italiana" e seu primeiro volante seja um construtor de jogo ou regista e seu cão de guarda joga na linha de meias centrais, as orientações acima funcionam da mesma forma. 



Na linha de meio, gosto de utilizar funções onde os jogadores se movimentem pelos espaços, entre as linhas e sejam esse elemento surpresa. Médio área-a-área para quando tenho aquele jogador que transpira mais do que pensa, mezzala e organizador móvel para jogadores mais completos. Quando se tem um organizador móvel adaptado à função e com bons atributos ele faz toda diferença no jogo, dita o ritmo do jogo, mas não é uma função tão fácil de acertar um jogador, porque ela também tem a ver com a personalidade, não é qualquer jogador que a executará bem, tem que ter muita qualidade e bons atributos mentais.
 
 
Muitos optam pelo médio centro porque ele tem esse potencial de ir a frente sem largar mão da defesa, mas assim como o organizador móvel não é uma função tão fácil de ajustar. Você pode sobrecarregar o jogador da função se seus companheiros não o auxiliarem nas diferentes fases do jogo. A forma mais comum que vejo outros jogadores compartilhando é um organizador recuado ou avançado, às vezes um ao lado do outro ao lado de uma meia marcador. Também vejo muita gente o usando o meia central ou mezzala nessa linha de três no meio. Recomendo verificar as características dos seus jogadores. Se você tem aquele meia craque ou com potencial para ser, vale a pena de repente sacrificá-lo no início para fazê-lo aprender a função de organizador móvel, dando certo ele será de fato o coração do seu meio de campo, mas faço a ressalva de ter que ter paciência.
  



Nas funções de meias armadores jogando na linha ofensiva de três. Temos três funções importantes. A clássica construtor de jogo avançado, que será aquele clássico articulador de jogadas, o médio ofensivo, que também arma bem, mas tem uma faceta mais artilheira, pisando mais na área (a função que mais utilizo), além do pivô ofensivo, que é função similar ao enganche argentino, aquele meia que atuará centralizado, mais parado e será a grande referência criativa da equipe, outra função que para ser executada deve contar com um jogador com perfil correto e tática que favoreça esse estilo de jogo. 
 
Aqui não falei da função de camisa 10, porque é uma função de cunho muito mais ofensivo, com pouco compromisso tático, ainda que você coloque o jogador com a função marcação apertada, ele não marcará da mesma forma que os outros, fará apenas em alguns momentos (e aqui não há nenhuma informação oficial que comprove a minha tese, em teoria ele deveria contribuir como os outros, mas a verdade é que não contribui, digo com experiência de anos de jogo).  Também não costumo utilizar a função avançado sombra, prefiro ter mais um atacante a jogar com essa função.

As diferenças nas instruções para as funções de meia são percebidas nas imagens acima, enquanto o construtor de jogo avançado e médio ofensivo é permitido marcar que chegue mais a frente, o pivô ofensivo já vem com a instrução guardar posição marcada. Prefiro a função de médio ofensivo porque diferente das outras duas que vem com uma série de instruções já definidas, você tem a liberdade maior na definição das instruções do jogador, em se tratando de camisa 10, sempre penso na liberdade criativa como fundamental. 
 
Do lado de campo, temos um leque bem amplo, por isso vou me limitar aqui às funções mais utilizadas, aquelas com o pé trocado, avançado interior, extremo invertido e organizador aberto a com o pé natural, o extremo, e o ponta de lança aberto que é melhor jogando com o pé trocado, mas cumpre bem a função jogando do lado de seu pé natural. Jogadores ambidestros podem fazer qualquer lado, mas é interessante ver a predisposição de função dele. Se ele é ambidestro, mas joga, por exemplo, aberto na esquerda na função avançado interior, quer dizer que mesmo chutando com os dois, o pé direito dele é o seu melhor.  
 

 
Quase sempre opto pela instrução manter-se aberto, porque por predefinição o jogador que joga com o pé trocado naturalmente puxará a bola para o pé bom. Mantê-lo aberto ajuda na boa combinação com o apoio do lateral, para quem ele ocasionalmente deixará a linha de fundo aberta. Também não marco a opção de deambular de posição por entender que nas funções abertas é importante o jogador ocupar aquele espaço, e em determinadas situações de jogo, a própria liberdade dada ao jogador fará com que ele ocupe espaços onde será mais efetivo.  


Na linha central, atuando de forma mais recuada temos o organizador aberto, ideal para esquemas mais defensivos, onde esse jogador ao mesmo tempo oferece suporte defensivo ao lateral e dá compactação ao meio campo ao encurtar as linhas. Também é uma função que exige jogadores com bons atributos técnicos e mentais.

 
Geralmente uso o ponta de lança aberto quando tenho atacantes de alto nível sobrando no elenco. Aí para não perder um deles na reserva e também manter a paz no vestiário, costumo usar um deles como ponta de lança aberto, preferencialmente o que já faz o lado do campo e se nenhum dos dois fizer, treino um deles para aprender a jogar ali. É uma função bem ofensiva, onde o jogador não te dará amplitude de jogo, e nem guardará a posição, o foco dele é fazer gols então ele entrará muito na área nas ações ofensivas e se movimentará bastante. Ele vem com muitas funções previamente estabelecidas, o máximo que você poderá fazer é instruir à marcação apertada, para que ele não seja um problema na sua organização defensiva. 
 
Claro que existem outras funções abertas, mas minha regra é falar apenas daquelas que já utilizei e tiveram algum sucesso. 
 
No ataque também temos muitas formas diferentes, que abrangem todos os estilos de jogadores e modelos de jogo. Por minhas pesquisas em fóruns de FM, as mais usadas são ponta de lança, ponta de lança fixo e avançado completo. Essas são aqueles de cunho mais ofensivo, onde o jogador pode até participar da construção do jogo, mas a função dele é ser o cara dos gols. Diferente das funções de avançado recuado, falso nove, avançado trabalhador e jogador alvo, onde apesar de também trabalhar para si, o atacante tem uma função importante no sistema tático. 
 
 
No quesito instruções há poucas diferenças entre os três perfis mais ofensivos. Uma delas é que para o ponta de lança fixo é preciso marcar a função movimentar pelos espaços (que já vem predefinidas nas outras duas funções). A função de ponta de lança também te permitirá dar mais instruções no sentido de finta e finalizações, que as outras duas já vem preestabelecidas.
 
 
Mas de maneira geral essas instruções seguem um pouco a lógica das demais funções, vai depender do seu modelo de jogo, claro, mas sempre oriento a instrução à marcação apertada e movimentar pelos espaços nas funções ofensivas. Também é importante salientar que o avançado completo sai mais da área e participa da construção que o ponta de lança e o fixo, mais focados no gol. 





Nas funções ofensivas que se doam mais taticamente, a orientação para instrução vão no sentido da marcação apertada, da movimentação pelos espaços e correr mais riscos, já que são jogadores comprometidos taticamente, mas com função de também romper esquemas adversários. Desses, o único de marco para se mover da posição é o avançado recuado, já que geralmente o utilizo junto com outro atacante. Como o falso nove, o jogador alvo e o trabalhador, também podem ser usados no comando de ataque, prefiro que eles mantenham a posição e sejam a referência ofensiva. 

É óbvio que o temas instruções não se esgota em um único texto, mas creio que esse pequeno guia já traz uma noção da importância das instruções para o jogo, afinal, são aquela tradicional conversa ao pé do ouvido entre treinador e atleta, aquele ajuste fino que pode fazer a diferença nos noventa minutos. 

 
 






 


 

 

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